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domingo, 14 de novembro de 2010

Jogos envelhecem, jogadores não

 Jefferson Paradello

O frio que atingiu a cidade de Socorro na noite deste sábado não congelou o ânimo dos “Acampjovens”. Pelo contrário, contribuiu para que eles não ficassem parados. Enquanto uns corriam de um lado para o outro tentando colocar uma bola dentro do gol, outros se reuniram em rodas e se divertiam com brincadeiras que lembram a tradicional quadrilha.

Divididos em sete atividades, eram poucos os que tentavam escapar da baixa temperatura. Alguns foram até corajosos. Mesmo com o vento constante, teve gente que se aventurou no futebol de sabão, cotonete humano e na escalada de um paredão de aproximadamente 12 metros de altura.

Há quem defenda que para participar desse tipo de atividade, crianças, jovens e adultos sempre integrarão o mesmo time. E é até mesmo um momento propício para relembrar a infância e as longas horas passadas com os amigos.

Ângelo Meireles, primeiro tenor do quarteto Athus, se autodefine como uma pessoa séria. Mas ao ver os jovens lançados ao chão por um touro mecânico, não conseguia conter os risos. “Aqui todo mundo é criança”, comenta ao notar que para participar desse tipo de brincadeira a idade é o fator que menos importa.

- É mesmo? E você já encarou o touro? Sério, ele justifica: “Se eu estivesse 100% eu pulava aí dentro, mas a dor no pescoço está me matando...”, explica enquanto olha para o céu e contorce a cabeça para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo.

Até mesmo quem não participou das brincadeiras defende que elas são saudáveis e necessárias para o desenvolvimento social. “Eu acho que não tem idade. Aqui todo mundo volta à infância. O importante é estar com os amigos”, acredita a estudante de pedagogia Daniele Campo, de 19 anos, que veio de Campinas, mas não sabia das atividades da noite.

De qualquer forma, para esses jovens, brincadeira é sinônimo de felicidade. E para ser feliz, pode-se ter 15, 30 ou 90 anos. O importante, garante Ângelo, é ser feliz.

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